A ideias interacionistas contam com os estudos de Piaget e Vygotsky, que concebem a criança como um ser ativo, que constantemente cria hipóteses sobre seu ambiente. Ambos valorizam a interação do indivíduo com o ambiente e vêem o indivíduo como sujeito que atua no processo de seu próprio desenvolvimento. Porém, enquanto Piaget defende que a estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de aprendizagem que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores.
Um dos pressupostos básicos de Vygotsky é que o ser humano constitui-se enquanto tal na sua relação com o outro. Em outras palavras, o autor descreve em suas pesquisas que o desenvolvimento do pensamento vai do social para o individual, onde a aprendizagem está relacionada ao desenvolvimento desde o nascimento da criança.
Na perspectiva de Piaget, para que ocorra a construção de um novo conhecimento, é preciso que se estabeleça um desequilibrio nas estruturas mentais, isto é, os conceitos já assimilados necessitam passar por um processo de desorganização para que possam novamente, a partir do contato com novos conceitos se reorganizarem, estabelecendo um novo conhecimento. Este mecanismo pode ser denominado de equilibração das estruturas mentais, ou seja, a transformação de um conhecimento prévio em um novo.
(Piaget e Vygotsky)
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