segunda-feira, 27 de junho de 2011

Avaliação

Em tempos atuais, avaliar é uma palavra presente em diversos setores da sociedade. Se você vai deixar um currículo em uma loja, empresa, instituição, lá estará embutido um método avaliativo. Ainda se não bastasse, a avaliação caminha juntamente com os prazos. Tempo para entregar isto, para postar aquilo, para dar andamento naquilo outro. Desde crianças estamos acostumados com os processos avaliativos.

No ambiente escolar estudam-se as matérias, copia-se pro caderno letras e mais letras (quando não expressões numéricas) e ao fim do bimestre, lá estão elas, as temidas provas, que podem valer algarítimos, de 1 a 10, ou comentários como "Bom", "Péssimo", "Insuficiente". E de que modo essas avaliações podem contribuir para a formação escolar?

O método das avaliações é criticado por muitos alunos e até mesmo professores. Comumente, o processo avaliativo resume o conhecimento do aluno a um momento de perguntas e respostas que na maioria das vezes tem de ser decorada previamente, para depois, serem despejadas no papel. As avaliações são adotadas pelos educadores, que por sua vez respeitam um sistema escolar que já reproduz há muitos anos o mesmo comportamento.

E então, que rumo tomar? Como fica a situação do aluno que apreende seu conhecimento mas não consegue expor em um momento avaliativo? Quem ouvirá os reclamos desses alunos 'defasados' de números? Quem avaliará os avaliadores?

                                 

 A avaliação, se tomada como um processo diferenciado, usada para ter acesso a comprensão dos alunos e suas percepções de acordo com os conteúdos dados, poderia surtir um melhor afeito. Avaliar, como nos diz Bevenutti (2002), é um ato de mediar o processo ensino/aprendizagem, oferecendo a recuperação imediata, promovendo na subjetividade de cada aluno o caminhar do seu progresso.

Continuar reproduzindo a matriz reguladora que impõe maneiras de avaliar como um fim em si, é dar continuidade ao cenário que já estamos acostumados a ver: alunos descontentes, desmotivados com suas notas baixas, desacreditados de suas capacidades.

Quanto ao professor, com seus salários de fome, qual o incentivo que terão para inovar novos métodos avaliativos (porque mudar o que está por muito tempo cristalizado exige esforço), de que maneira poderá propor mudanças, se o sistema que controla as insituições escolares não valoriza a educação como ela deveria ser valorizada?

                                


Talvez, algumas maneiras seriam atualizar as formas de ensinar - aprender, incentivando aos alunos o pensamento crítico, abandonando então a ideia robótica de reproduzir conceitos para esquecê-los na próxima avaliação.
É preciso, antes de tudo, romper com os paradigmas arraigados no cenário educacional.

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