segunda-feira, 6 de junho de 2011

As Novas Didáticas e os Velhos Problemas


Em poucas palavras, a Didática Tradicional se revela como um método clássico de transmitir o conhecimento. O aluno parece ser menos autônomo, inserido num processo mais "mecanizado" de apreensão dos conteúdos.  


As Novas Didáticas, por sua vez, tem uma proposta que visa a autonomia e independência do aluno. Nesse viés o professor deixa de ser o único conhecedor que transmitirá sua sabedoria aos alunos. O professor, nesta perspectiva, não mais detém esse único conhecimento, mas compartilha e interage com os alunos.

Nesta visão, a escola passa a considerar o meio social do aluno, dando prioridade a debates que suscite o questionamento e a reflexão sobre inúmeros assuntos, entre eles, os temas transversais já vistos em posts anteriores.

As Novas Didáticas prezam:
  • O aluno como sujeito ativo da sua aprendizagem,
  • A construção de novos saberes centrado não apenas em atividades adequadas, mas também nas interações sociais
  • Privilegia as competências funcionais e globais aos saberes fragmentados
  • Consolidar as aprendizagens na vivência dos alunos
  • Respeita a diversidade de culturas e personalidade
  • Valoriza a autonomia da criança
  • Estimula a motivação relacionada com o prazer e a vontade de descobrir e de fazer
  • Dá lugar às tarefas cooperativas
  • Ênfase ao desenvolvimento da pessoa
Sabemos, entretanto, que a perspectiva das Novas Didáticas nos soa muito feliz, na teoria. Seria ótimo que em todas as escolas do país fosse possível aplicar tais métodos, levando adiante reformulações que criticam às didáticas tradicionais, tanto tempo no comando. É certo que precisamos reformular não só o ambiente de ensino, como também os currículos e nos atualizarmos como futuros educadores para as realidades de hoje. A tecnologia, a internet, o caminhar cada vez mais global das mídias e aparatos virtuais podem possibilitar novas maneiras de ensinar. Sabemos, contudo, que nem todos os cidadãos do Brasil tem condições financeiras para caminhar junto à essas inovações do futuro.

Nem todos os professores estão contentes e motivados para inovarem suas aulas. Nem todas as escolas tem infra-estrutura necessária para um ambiente saudável de aprendizado. As realidades sociais são várias, se convergem e muitas vezes não convivem juntas. Os filhos abonados não vivem no mesmo mundo dos filhos marginalizados, os professores sentam em outras cadeiras, não compartilham do mesmo contra-cheque. Em muitas escolas as cadeiras, mesas e quadros são impraticáveis. Em outras, as lousas digitais não são mais uma novidade.

Restam as velhas didáticas tradicionais, que passa a ser o lugar-comum, o que já estava ali nos manuais, o que é mais cômodo de se aplicar. Como mudar? Esperar da política? Esperar mais dos professores, diretores, alunos?
Penso que refletir já se torna, ainda que humilde, um possível começo.

Abaixo, um vídeo da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte, sobre a educação.

                                   

                          
(Se houver problema no link, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=HdALlE_WhOU)

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